segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Estórias de caçador

Acordei cedo, as 4h da manhã. Dia de caçada você tem que se preparar adequadamente. Eu e meu avô munidos de .22 e facas. A missão era clara, caçar uma onça. Já eram quase 05:30 quando saímos de casa em direção ao sertão, nos separamos na cancela, agora cada um por sí. O sol da manhã já estava bem quente e parecia que o dia não seria tão produtivo, quando ouvi estalos característicos, a sorte perecia me sorrir. Esgueirei na mata e avistei a "ditacuja", me aproximei o máximo que podia, mirei bem, e apertei o gatilho para o tiro fatal... que falhou. O barunho do "cão" batendo sem efeito chamou a atenção da onça, que partiu em minha direção determinada a me encontrar. Não esperei um segundo e corri na direção oposta, quebrando o mato seco e sentindo que o bicho se aproximava, quando, num momento de desatenção, errei o caminho e dei de cara com um barranco impossível de subir. Tentei voltar mas o animal rabioso me cercou, procurei a faca mais percebi que esta caiu na fuga, não tinha jeito, me concentrei nos olhos da fera, e ela parou. Fiquei em posição de combate, com as minhas chances sabia que era o melhor a fazer. Ela se posicionou para o bote e eu, fitado nos seus olhos, poderiam ser meus últimos momentos, definitivamente agora eu era a caça. Finalmente ela saltou, um golpe rápido buscando meu pescoço, me movimentei lateralmente desviando de suas garras e rapidamente enfiei meu braço direito guela abaixo do bichano, que, devido a velocidade engoliu até o meu ombro, meus dedos tocaram o rabo do bicho, agarrei e num segundo movimento puxei com toda força. O bicho virou ao avesso, abatido, e eu salvo. É a mais pura verdade.













Eu, pronto para a caçada

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